Vasos de barro nas mãos do Senhor


A palavra “barro” ocorre 36 vezes nas escrituras, ao lado da palavra “pó” que ocorre 109 vezes e a palavra “terra” que ocorre 2579,( mais de duas vezes para cada capitulo da bíblia que tem 1189 capítulos). Barro é uma qualidade de terra, e pó é a terra triturada. O barro é um elemento abundante, e pode ser encontrado em qualquer lugar. não é motivo de disputa entre nações, não é um material cobiçado entre os homens. É um material pisado e ignorado pela maior parte das pessoas. Mas quando Deus criou o mundo, ele deu valor para o que nos é tão insignificante. Deus valorizou o pó da terra, ou o pó do barro. O barro só é valorizado por um profissional: o oleiro.
O barro não é um elemento de valor como é o ouro, o petróleo, a prata e as pedras preciosas, mas ele é o guardião de todos, porque é do fundo da terra que vem todos eles. Deus porem não procurou nenhum destes para fazer o homem, mas procurou o pó, para formar Adão do pó.
Assim com da água, Deus transforma em vinho, do pó do barro forma o homem, e na conversão o transforma em filho de Deus. A terra que esconde o diamante, Deus transforma em ser vivente para contemplar as pedras preciosas. Do barro faz o vaso, porque o Senhor é o divino oleiro.
Só um oleiro sabe o quanto o barro é importante, e só ele sabe definir o valor verdadeiro do barro.
Sua especialidade é transformar o aparente inútil, em algo de grande utilidade: um vaso!
Na historia da civilização, o vaso serviu para guardar riquezas, condicionar remédios caros e perfumes raros, serviu para transportar água e conservar alimentos, como o azeite.
O vaso pode ser frágil, sua condição não permite grandes provas, como quedas e choques com outros elementos duros. Mas sua importância desde o alvorecer da humanidade é profundamente inquestionável. O vaso era adorno nos palácios, era objeto de arte, eram guardiões das escrituras como faziam os Essênios, guardando manuscritos da bíblia em vasos de barro, e até entre algumas culturas servia de urna funerária!
O barro de qualidade superior fica oculto embaixo da terra, raramente é visível aos olhos dos homens. É necessário cavar no seio da terra, e retira-lo com ferramentas cortantes, para ser levado até a olaria e ser amassado e tratado com toda a rigidez para ser transformado em um objeto útil.
O oleiro de acordo com a seu capricho e dedicação, pode fazer de um monte de barro amassado em um vaso de grande utilidade, e sua sensibilidade pode adorna-lo transformando em uma peça de rara beleza. O vaso condicionou em eras passadas o maná, alimento dos céus. (êxodo 16:33) o maná era uma substancia doce como o mel. Mas também condicionou vinagre com sabor de fel, lá na cruz, quiseram dar para o meu Senhor crucificado...(João 19:29).
O barro só perde o seu anonimato, quando é tirado do fundo da terra para ser vaso. Sem o processo da transformação ele continua sendo apenas barro.
Na grande babilônia, religião dos mistérios não havia vasos de barro, porque eles não eram preciosos aos olhos dos que não são amigos do oleiro (Apocalipse 18:12)
Está escrito: “Eis que vim de Deus, como tu; do barro também eu fui formado. (Jó 33:6). O barro é nossa matéria prima, o mesmo barro que o oleiro faz a telha para nos cobrir e o tijolo para nos proteger. Devemos reconhecer, assim como reconheceu Isaías: “Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos. (Isaías 64:8).
Não somos obras do acaso. O divino oleiro nos formou, e ele mesmo foi o modelo para que fossemos formado a sua semelhança.
Deus fez do pó da terra, o homem modelo das coisas celestiais. E como um vaso, o que ele transporta no seu interior, é o que equivale o seu valor.
Um vaso não tem poder de locomoção. Somente o seu proprietário pode conduzi-lo para onde quer.
O vaso é o resultado de uma entrega incondicional do barro, nas mãos do oleiro.
O oleiro processa o amassar continuamente, delineia a forma com as suas mãos, e faz com que o barro formado em vaso passe pelo forno do fogo intenso. Mas o oleiro não deixa cicratizes. O resultado final sempre será um produto perfeito para o desfrute de quem o formou.
Interessante é que o barro aceita o processo de transformação. Ele não tem vontade própria e não protesta, mas segue silenciosamente para a olaria e para a fornalha.
Se amassado não grita, e no fogo intenso não morre, sai completamente transformado depois do processo, como um barro transformado, mais duro, mais firme, com propósito definido, direcionado a servir com utilidade.


CLAVIO JUVENAL JACINTO
ADAPATADO COMPLETAMENTE DE UM OUTRO ARTIGO


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