Porque onde estiver o vosso tesouro, ai estará o vosso coração( Mateus 6:21). Essas são as palavras de Jesus. Elas são profundas no sentido de que o homem não costuma colocar o coração nas coisas espirituais, ou nas coisas mais preciosas do ponto de vista bíblico. Nosso coração sempre focaliza as coisas daqui, e tentar mudar esse foco é difícil, vai contra todas as expectativas mundanas, vai contra o estilo de viver e pensar da sociedade. Deslocar nosso coração é difícil, a mulher de Ló, não conseguiu tirá-lo de Sodoma, Judas não conseguiu tirá-lo da ganância, Ananias e Safira não conseguiram tirá-lo do amor ao dinheiro, assim como também aquele jovem rico, que se propôs seguir a Jesus, não o pode. Você nota como é difícil? Mas é assim que funciona as coisas na dimensão espiritual. O nosso coração precisa estar lá na pátria celeste, nossos olhos interiores, precisam estar fixos no Senhor da glória. “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” (Hb 12:2)
Vejamos como é difícil obter esse tipo de visão. Nós estamos sempre olhando o problema, o obstáculo, e sempre vimos de forma com que a nossa incredulidade seja uma lupa, aumentando até mais do que é comum. Olhamos e vimos as coisas como elas não são. Mas quando o nosso foco é o céu, quando encontramos nosso tesouro lá, quem poderá removê-lo ao ponto de ameaçá-los? Os ladrões e os bandidos desse mundo não estão interessado neste tesouro. Os fundamentos de nossas riquezas não são efêmeros, são duradouros e reais. Os mundanos não podem vê-los, os poderosos não podem tocá-los, e os imperadores não podem avaliá-los.
Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus. (Hb 11:10). A eternidade é a marca dos tesouros divinos. Tudo aquilo que tem origem em Deus, é pleno de glórias infinitas. Essas riquezas são nossas riquezas, elas estão concentradas em Nosso Senhor Jesus Cristo. “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos;” (Ef 1:18) “Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.” (Ef 2:7) “A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo” (Ef 3:8)
Que o nosso coração possa estar atento, focalizado em Cristo, agora e para sempre.
CLAVIO JUVENAL JACINTO
A maior dificuldade que o Espírito Santo enfrenta na questão da necessidade da conversão, em um pecador, é o fato da sua auto-suficiência espiritual. A maior parte dos homens acredita nas virtudes morais religiosas, como méritos, e impõem a si mesmos aplacar o peso da consciência do pecado através de obras refinadas de virtudes. A caiação espiritual da alma humana, feita pela religião própria do homem, tem sido um obstáculo terrível. O homem não deseja ter seu orgulho espiritual ferido, ele tende a acreditar em si mesmo, na sua bondade e na sua auto-suficiência. Basta acreditar que Cristo morreu amando ele, e não como uma obra de substituição, porque quando ele crer somente no amor de Jesus, isso lhe imputa apenas compassividade por Jesus, mas quando ele crer que o ato da cruz foi uma substituição violenta, um tratamento sério e radical contra o pecado humano, ele precisa crer de imediato, que a cruz de cristo, é a sua cruz, a morte de cristo é a sua morte, e isso exige uma mudança radical da maneira de viver, pensar e agir, e compromete muitas coisas pelas quais que a antiga natureza é apaixonada descontroladamente. Tomar uma cruz e negar-se a si mesmo, é um desprezo completo ao mundo e as suas concupiscências, e uma entrega total a Deus. Uma vez, morto na cruz, somente Deus terá o poder de ressurreição, é aqui que começa o novo nascimento.
Diz-se também em Efésios 2:1-2 que em todos os filhos de desobediência, qualquer que seja sua confissão ou conduta, Satanás é o poder que se acha em operação. A energia deste ser poderoso pode promover refinamento, educação, cultura e as exterioridades de uma religião, pois seu conflito não é nestas virtudes. Sua inimizade se dirige inteligentemente contra a graça salvadora de Deus, o qual é um assunto por completo diferente do que apresentam os problemas de condutas pessoais.
(Lewis chaffer)