Quando as flores mais belas se abrem, a gente pensa. E o coração se quebra. O gelo derrete. O perfume forte a essência do meu ser, a neve da nossa frieza diante da beleza. Tudo me faz pensar quem sou. A remissão de mim mesmo, o sorriso alem do véu. o crime da minha falta de amor e de não saber perdoar me perturba. A crença arraigada na misericórdia não se encaixa com meu modo de ser. Estou repleto de defeitos, não sou como a primavera, ao lado das flores esconde meus horrores, a parte de mim que se desfaz com as minhas atitudes, algo inerente, complacente e terrível, ao mesmo tempo santo e profano. Meu Deus, que as mascaras da minha hipocrisia se findam com a mesma violência em que as flores são esmagadas pelo tempo. Que a morte do meu profano se realize dentro do espaço da minha existência, para que o poder da luz possa brilhar intensamente dentro de mim mesmo.

CLAVIO JUVENAL JACINTO

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